O manuscrito a seguir é riquíssimo em termos informacionais e como praticamente não inserimos muito material na íntegra neste webfolio, apresentamos o texto "Conhecendo a Gênese da Avaliação de Sandra Zákia Lian Souza. Este texto traz uma descrição histórica sobre o assunto, bem como apresenta fundamentos epistemológicos para tal. Segundo a autora: "Nas diversas concepções de
educação é unânime a idéia de que a avaliação é uma prática indispensável ao
processo de escolarização, o que traduz a divergência é a finalidade da
avaliação, os procedimentos e instrumentos utilizados que coloca a avaliação
numa perspectiva técnica, outras na perspectiva ética".
CAPÍTULO
I
CONHECENDO
A GÊNESE DA AVALIAÇÃO
“Repensar
os fundamentos que norteiam as teorias avaliativas implica desvendar as
ideologias em que se apóiam, na perspectiva de sua superação.”
(Sandra
Zákia Lian Souza)
1.1- Um breve histórico da
avaliação
No decorrer da nossa história,
a avaliação vem sendo largamente utilizada, seja de maneira formal ou informal.
Nota-se que várias foram as mudanças ocorridas no contexto geral do termo
“avaliação” desde o sua primeira utilização até os dias atuais.
DEPRESBITERIS (1989 : 5)
cita EBDEL e DARIM (1960), para
demonstrar quão antigo é o uso da avaliação. Segundo eles, em 2205 a.C., um
grande imperador chinês testava seus oficiais a cada três anos, visando
promovê-los ou demiti-los. Relatam ainda que no século XIX, nos Estados Unidos,
criou-se um sistema de testagem, tendo como pioneiro na área Horace Mann.
No início do século XX, a
avaliação formal se dava na maioria das vezes através de testes, o que atribuía
ao processo avaliativo o cunho meramente instrumental.
Os modelos de avaliação
existentes, sofreram o peso significativo da influência norte-americana. A
partir das primeiras décadas do século XX, surge nos Estados Unidos o movimento
dos testes educacionais desenvolvido por Robert Thorndike, resgatando o
valor de mensurar as mudanças comportamentais. Houve assim, uma crescente utilização da mensuração na
avaliação o que denota a importância do movimento de cientificização e objetivação
da educação na época, que se deveu ao próprio momento econômico pelo qual
passava o país, incorrendo na tentativa de racionalização e padronização do
ensino. A partir daí , os testes padronizados multiplicaram-se no âmbito
educacional.
Para desestabilizar a idéia de
mensuração na avaliação, por volta dos anos 50,
surgiram os primeiros escritos de Ralph Tyler. Sua concepção contrapunha
a idéia de que avaliação é sinônimo de aplicação de testes com lápis e papel.
Vale ressaltar que Tyler não descartava a importância da aplicação dos testes,
apenas acreditava que existiam outras maneiras de se constatar as mudanças
comportamentais, denominadas aprendizagem. DEPRESBITERIS (1989) se refere
a essa, nessa perspectiva dizendo:
“Tyler
defendia a inclusão de uma variedade de procedimentos avaliativos, tais como:
testes, escalas de atitude, inventários, questionários, fichas de registros de
comportamento e outras formas de coletar evidências sobre o rendimento dos
alunos em uma perspectiva longitudinal, com relação à consecução de objetivos curriculares.”
(TYLER, 1949)
Para Tyler, o objetivo da
avaliação é julgar o comportamento dos alunos, acentuando a importância em
formular objetivos educacionais em termos comportamentais, de forma precisa e
clara; admite, ainda, que a avaliação deve acontecer em momentos
contínuos, subsidiados por mais de um
julgamento.
Vale ressaltar que a sua
proposta passou a ser forte referencial teórico na avaliação educacional
brasileira.
Para SAUL, a avaliação da
aprendizagem da proposta de Tyler assume essencialmente um caráter de controle
do planejamento, analogamente ao que ocorre no processo de produção industrial, calcada em pressupostos
positivistas. O enfoque avaliativo de Tyler ficou conhecido por “avaliação por
objetivos”.
De acordo com SAUL (1988) Tyler
exerceu influência sobre vários educadores , dentre eles:
i HILDA TABA (1962) que, baseada em suas idéias, propõe um modelo
para elaborar o currículo;
i ROBERT F. MAGER (1962)
incorpora as idéias cientificistas de Tyler e introduz no ensino uma sistemática
de especificação dos objetivos educacionais, dando origem a uma terminologia
própria;
i JAMES POPNAM (1977,
1978), com base nas idéias de Mager, escreve sobre o planejamento de ensino e
avaliação onde prioriza a definição dos objetivos comportamentais e formas de
planejar a seqüência do ensino e avaliá-lo.
A partir dos trabalhos dos
três últimos autores, há uma grande ênfase na tecnologia da avaliação e uma
preocupação acentuada com a construção de testes.
Outro nome importante na
história da avaliação é o de BLOOM. Ele é o responsável pela criação de uma
taxionomia de objetivos educacionais, enfatizando a aprendizagem para o
domínio, tendo em vista um sistema coerente de ensino e avaliação. É a partir
das idéias de Bloom que surgem os primeiros escritos sobre a importância de uma
aprendizagem contínua, que promova o pleno desenvolvimento do indivíduo.
No Brasil, as teorias e as
práticas da avaliação da aprendizagem, assim como em outras áreas da educação,
foram fortemente influenciadas pelas produções de autores norte-americanos,
como também pelo pensamento positivista, e o reflexo disto é visível na
legislação concernente ao assunto (Um exemplo claro é a Lei 5692/71 e os
decretos-leis e pareceres decorrentes de sua implantação).
1.2 - Matrizes epistemológicas e a prática da avaliação
Neste início de século, a
atenção dos educadores, políticos e da sociedade em geral volta-se para a forte
dimensão social e política dos processos avaliativos. Todo esse “olhar
interessado” pela avaliação, reforça a análise de que essa prática não é neutra
nem arbitrária, ao contrário, como elemento da ação educativa, trás na sua
essência uma maneira bem específica de conceber o mundo, o indivíduo e a
sociedade. Maneira essa que condiciona a tomada de decisão no plano das
políticas educacionais e que orienta e norteia a prática pedagógica no âmbito
da escola. Assim, “a avaliação não se dá num vazio conceitual, mas sim,
dimensionada por um modelo teórico de mundo e conseqüentemente de educação, que
possa ser traduzido em prática pedagógica”. (LUCKESI, 1996).
Nesse contexto, faz-se
necessário compreender em que se fundamentam os
diferentes modelos de avaliação,
identificando em que matriz epistemológica foi inspirado este ou aquele modelo
para que, configurando o real, possa-se discutir a necessidade da busca de um
novo paradigma.
Analisando as práticas
pedagógicas numa perspectiva filosófica, é possível identificar as diferentes posturas assumidas pelo
professores, em várias categorias. Levando em consideração que no
decorrer da história da educação brasileira algumas correntes
filosóficas permearam propostas educacionais,
práticas de ensino e de avaliação.
A relação estreita entre a
construção do conhecimento e a avaliação garantiu a influência de concepções de
aprendizagem nas práticas de avaliação educacional.
Na ótica da teoria
Positivista, sob as lentes do
empirismo ,o conhecimento surge a partir
das experiências que o sujeito acumula através dos tempos utilizando-se da
observação seguindo até a obtenção das idéias sistemáticas.
O ambiente torna-se, portanto,
o fator determinante da aprendizagem e não apenas um fator condicionante como,
no máximo, deveria ser. O sujeito não exerce ação sobre o objeto do
conhecimento. Ele é considerado como uma
“tabula rasa” , todas as informações do mundo exterior vão sendo impressas
através dos sentidos. Assim, o conhecimento é o registro dos fatos, a simples
cópia do real.
O Positivismo prima pela
objetividade e concebe a aprendizagem como mudança de comportamento, como
resultado do treino e da experiência.
Segundo TYLER (1949)
“A
avaliação é um processo destinado a verificar o grau em que mudanças
comportamentais estão ocorrendo (...) A avaliação deve julgar o comportamento
dos alunos, pois o que se pretende em educação é justamente modificar tais comportamentos.”
Nessa perspectiva, aprender é mudar de
comportamento. Subtende-se então que avaliar é medir a quantidade de mudanças
do comportamento e isso se estabelece na chamada “avaliação por objetivos”.
PARLLET (1982) defende que a
avaliação nesse contexto é concebida
como a testagem da quantidade de conteúdos retirados pelos educadores durante a
aprendizagem.
“Um
pouco como se fossem sementes, os alunos são pré-testados (as sementes são
pesadas e medidas) e, depois submetidos a experiências diferentes
(tratamentos). Após um certo período seu rendimento é medido (crescimento ou
produção) para se constatar a eficiência relativa dos métodos utilizados
(fertilizantes).”
Surge aí a denominada
“Pedagogia do Exame”, que utiliza a
avaliação como forma de disciplinamento social dos alunos através do lema:
“Provas para Reprovar”.
Evidentemente que a Pedagogia
do Exame equivocou a concepção de avaliação nas escolas atribuindo
predominância do objeto do conhecimento sobre o sujeito que conhece, onde este
tem um papel meramente contemplativo. Assim, na matriz positivista
(objetivista) a ênfase recai sobre a medida do produto observável,
valoriza-se os testes padronizados,
provas ditas objetivas, de múltipla escolha,onde os alunos são avaliados em
momentos específicos, com rituais e labores especiais, surgem ainda as escalas de atitudes, os
critérios formalistas e o professor com o poder de julgar os resultados muitas
vezes imprecisos e arbitrários.
Essa abordagem quantitativa defende a crença na
objetividade da avaliação, preocupando-se por isso mesmo em tratar
estatisticamente os dados, em determinar meio e instrumentos precisos,
objetivos e confiáveis. Sendo assim, a ênfase maior recai nos produtos ou
resultados do ensino, não existindo preocupação com o processo em si, mas sim
com o grau em que se alcançou o objetivo previamente definido. Esse tipo de
avaliação não leva em consideração as diferenças de interesses e necessidades
dos participantes do processo didático: alunos, professores, pais , etc.
A influência objetivista,
provocou o redirecionamento da avaliação à concepção de medida. MAGDA SOARES
(1981)
“A
avaliação, sob uma falsa aparência de neutralidade e objetividade, é o
instrumento por excelência de que lança mão o sistema de ensino. Para dissimular às desigualdades sociais que ela oculta sob a
fantasia do dom natural e do mérito individual conquistado.”
VASCONCELOS (1990) complementa esse pensamento quando nos diz que “Em nome da objetividade, a
imparcialidade, do rigor científico chega-se a uma profunda desvinculação da
avaliação com o processo educacional”.
Assim, a lógica construída em
virtude da influência Positivista é a classificatória, meritocrática,
excludente, onde a avaliação não subsidia a construção do conhecimento, não
orienta os rumos para o crescimento individual
e social. Nesse contexto o sinal emergente dessa representação da
avaliação é a reprovação. Essa
reprovação, embora pareça um ato técnico-pedagógico e paradoxalmente “bem
intencionado”, é essencialmente um ato político de reprodução das
desigualdades. HOFFMAN (1992)
“As
decisões sobre aprovação / reprovação de estudantes fundamenta-se,
perigosamente, nas notas atribuídas aos testes, sem a interpretação de suas
respostas. O que denuncia uma visão de conhecimento Empirista / Positivista e
uma concepção de avaliação sentenciosa.”
A teoria Racionalista exerce
fortes influências nas práticas avaliativas atuais. O Racionalismo parte do princípio de que todo conhecimento é
anterior a experiência. Ao contrário do
positivismo, a ênfase aqui é dada ao sujeito, sendo desprezada a ação do
objeto.
Nessa perspectiva, o sujeito
já nasce com as estruturas do
conhecimento pré-formadas e elas vão se
organizando à medida em que o sujeito se desenvolve até que se alcance a totalidade. O todo é apreendido de forma
súbita, imediata , por reestruturação do campo perceptual, uma vez que a
totalidade é irredutível à soma e ao produto das partes.
O Racionalismo prima pela
razão pura e rejeita a informação sensorial como fonte fundamental da verdade,
por acreditar que as mesmas não são confiáveis
na busca do conhecimento.
Os ideais racionalistas
priorizam as correntes subjetivistas por acreditar que há uma certa limitação
implícita nos famosos testes padronizados quando se pretende interpretar o
nível de conhecimento dos alunos . Isso não significa, entretanto, que o
racionalismo negue o objetivismo do mundo. Significa apenas que ele não postula
essa objetividade no sentido de uma interferência na construção das estruturas
mentais, através das quais o sujeito apreende o mundo real.
O objeto de maior preocupação
é o desenvolvimento das habilidades já adquiridas, e essas nem sempre são
observáveis. Diante disso, torna-se importante respeitar o ritmo de cada um na
aquisição do conhecimento para que este se torne significativo. Nesse contexto,
busca-se uma maior valorização da auto-avaliação, do estudo dos aspectos
afetivos e emocionais que interferem na aprendizagem.
No que se refere aos
procedimentos e aos instrumentos de coleta de dados, abriu-se maior espaço para
a elaboração de questões abertas ou divergentes, para a utilização de
questionários e entrevistas nos quais o
sujeito constrói sua própria resposta. Considera como parâmetros válidos e
legítimos para servirem de referência apenas os ritmos, as características e
aspirações do próprio alvo da avaliação.
É mister ressaltar que tanto
no positivismo como no racionalismo o tratamento dado à aprendizagem e a
avaliação mostra-se reducionista, pois
centraliza o conhecimento num único pólo : sujeito ou objeto. E ambos os
modelos são insuficientes para a explicação da realidade, por negligenciarem o
caráter histórico e transitório dos fatos. (FRANCO, 1995)
“Apesar da relevância desses aspectos, a matriz
subjetivista mostrou-se , e mostra-se, ainda hoje, insuficiente para a
explicação da realidade educacional. Isso porque também fragmenta, na medida em
que permanece a nível das análises “abstratas” e universais e perpetua
conclusões centradas no indivíduo e em seus vínculos intimistas, determinados
por suas respectivas trajetórias pessoais, sem que o caráter histórico dessas
trajetórias seja recuperado.”
A terceira matriz denominada
construtivista, ultrapassa o reducionismo do positivismo e do racionalismo,
partindo do princípio de que o conhecimento não está no sujeito nem no objeto,
mas ele se constrói na interação do sujeito com o objeto. É na medida que o
sujeito interage, agindo e sofrendo ação do objeto, que ele vai produzindo
também o próprio conhecimento. Vale ressaltar que não é simplesmente um
construtivismo mas um construtivismo interacionista (PIAGET, 1976)
“O
conhecimento não precede nem da experiência única dos objetos nem de uma
programação inata pré-formada no sujeito, mas de construções sucessivas com
elaborações constantes de estruturas novas.”
Levando em consideração, a
construção do conhecimento como fruto de
um processo de interação entre o sujeito e seu meio é necessário que se busque
entender a lógica dialética, o movimento
entre os dois pólos nesse processo do vir-a-ser. Nesse sentido, a finalidade da
avaliação da aprendizagem é dinamizar oportunidades de ação-relfexão , num
acompanhamento permanente do educador, que incitará o educando a novas questões
a partir de respostas formuladas. A avaliação deixa de ser um momento terminal
do processo educativo, denominado paradigma de exclusão, para se
transformar na busca incessante de
compreensão das dificuldades e na dinamização de novas oportunidades de
conhecimento
A avaliação abrange justamente
a compreensão do processo de cognição para possibilitar a reflexão sobre o
mundo e conduzir o aluno à construção de um maior número de verdades, num
espiral necessário de formulação e reformulação de hipóteses (abstração
reflexiva). “Não há começo nem limites nem fim absoluto no processo de
construção do conhecimento” , segundo Chiarottino (1988), referindo-se à
Teoria de Piaget.
Segundo HOFFMAN, os princípios
inerentes a uma proposta construtivista de educação, (a partir da teoria
psicogenética de Piaget) é coerente com uma Pedagogia Libertadora, na medida em
que a ação avaliativa exerce uma função dialógica e interativa, ela promove os
seres moral e intelectualmente, tornando-os críticos e participativos,
inseridos no seu contexto social e político.
Vale ressaltar a contribuição
desse marco interpretativo para alargar a visão do erro no processo de
aprendizagem. A visão construtivista do erro, posiciona hipóteses, elaborações mentais, que servem de
ponto de partida para a reflexão, análise e tomada de decisão na superação das
dificuldades e construção do saber.
VASCONCELLOS, fazendo uma
análise das perspectivas de superação da avaliação classificatória e excludente
representada pelas práticas positivistas e racionalistas em todas as suas
extensões tradicionais, escolanovistas, tecnicistas, vê na educação
dialética-libertadora, numa abordagem sócio interacionista, a possibilidade da
escola cumprir sua função social transformadora, ou seja, favorecer a
aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos, levando-se em conta o compromisso com a construção de uma sociedade mais justa
e solidária. ”Simplesmente não posso pensar pelos outros nem para os outros,
sem os outros”, refletia Paulo Freire (1991). É, o aluno, o alvo do
professor, não somente alguns, mas todos, representados pelas mais diversas
realidades e, dessa forma, serão avaliados. Considerando que a avaliação sempre
pressupõe uma relação de poder, cabe redirecioná-la. Propondo um projeto de uma
sociedade democrática, tendo como uma das mediações o trabalho com o conhecimento. Essa matriz,
se baseia na abordagem qualitativa, na qual
a avaliação centra-se no processo e evolui de acordo com as
transformações do contexto. Mais do que medir, avaliar significa entender,
rever e refletir, pois educação e avaliação não podem ser vistas como processos
tecnicistas , desligados de valores.
O que se espera é que, através
da avaliação, o professor possa ter elementos para ver qual o melhor caminho
para ensinar, como os alunos aprendem melhor, superando a concepção tradicional
de avaliação, em que se avalia para verificar quanto o aluno sabe, quanto ele
foi capaz de absorver do “ensinado”, se merece ou não se aprovado / reprovado.
Considerando assim, que a avaliação só tem sentido quando
está voltada para a melhor formação da cidadania.
A partir dessa concepção, a
prática da avaliação supera a justaposição entre “solicitação do professor” –
“expressão do aluno”, em direção à
interação professor-aluno-objeto do conhecimento da realidade. A avaliação não
como juízo da pessoa, mas como diálogo, pesquisa, compromisso. (LUCKESI,
1995).“Entendemos a avaliação como um juízo de qualidade sobre dados
relevantes, tendo em vista uma tomada de decisão”
Essa concepção vê a avaliação
como um processo contínuo e paralelo ao processo de ensino e aprendizagem, o
que permite a utilização da avaliação
através das seguintes modalidades: diagnóstica (no início
do processo), formativa (no decorrer) e somativa (no final do processo).
Saber captar bem as
necessidades e se comprometer com sua superação, embora envolva uma exigência
de justiça, a especificidade da avaliação da aprendizagem é epistemológica,
axiológica e ética.
Nas diversas concepções de
educação é unânime a idéia de que a avaliação é uma prática indispensável ao
processo de escolarização, o que traduz a divergência é a finalidade da
avaliação, os procedimentos e instrumentos utilizados que coloca a avaliação
numa perspectiva técnica, outras na perspectiva ética.
Referências Bibliográficas:
DEPRESBITERIS, L. O Desafio
da Avaliação da Aprendizagem: dos fundamentos a uma proposta inovadora. São Paulo: EPU, 1989.
FRANCO, Sérgio R. K. O Construtivismo e a Educação. Porto
Alegre: Mediação, 1995.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação:
mito e desafio; uma perspectiva construtivista. 6ª ed. Porto Alegre:
Educação e Realidade, 1992.
LUCKESI. C.C. Avalição da Aprendizagem Escolar. São
Paulo: Cortêz, 1996.
PIAGET, J. Equilibração das
Estruturas Cognitivas. Rio de Janeiro: Zahar, 1976.
SAUL, Ana Maria. Avaliação Emancipatória: Desafios à teoria e à
prática de avaliação e reformulação de currículo. São Paulo: Cortês, 1988.
SOARES, Magda. B. Avaliação
educacional e clientela escolar. In: PATTO, M.H.S. Introdução à Psicologia Escolar. São Paulo: T.A . Queiróz, 1981.
VASCONCELOS, Celso. Avaliação da aprendizagem – Práticas
de Mudança.São paulo: Libertad, 1998.
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